segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

NÃO SE FAZ UM PAÍS SEM EDUCAÇÃO




Ano passado Alexandre Garcia publicou: 'Não se faz um país sem educação', sobre greve dos professores.

Ele diz que só se fala em reforma da educação no Brasil, mas nunca em revolução da educação. Falta para o país se desenvolver como os que venderam os desafios da destruição, como o Japão, Alemanha, Coréia.

                                     


O que acontece com os programas de alfabetização neste nosso país? Não acontece nada. Desde 1930 com a criação do Ministério da Educação e  com os manifestos dos pioneiros na Educação Nova. Nada de alfabetização real acontece  para os brasileiros  principalmente para  aqueles que vivem a margem da pobreza.

 O Brasil é caracterizado por exclusões sociais por toda  a sua história desde o descobrimento, com a chegada dos portugueses degradados, indígenas que foram logo marginalizados, com   a escravatura e mesmo com outros que chegaram na nossa Pátria no início do século passado para trabalharem, em seja de que forma na domínio  sociedade da sociedade: saúde, educação, moradia, entre outros.


Ler, escrever e entender  isso não impossível, se muitas nações fazem isto por que a nossa não consegue? A educação no Brasil de 1946-1962 reflete os conflitos de poderes existentes no país: um conflito em torno da criação da LDB (Lei de Diretrizes e Bases). E por final, no período de1962 a 1985 (Golpe Militar), a idéia de Planejamento Educacional transforma-se em um instrumento de racionalidade tecnocrática – concepção tecnicista da educação, sem qualquer participação da sociedade no processo educacional.

Na arte do ensino e educação encontramos um dos maiores exemplos dessas exclusões  que já sabemos, Brasil descoberto, a colônia, Brasil escravocrata dos Ricos Senhores portugueses. Depois veio a República e o que ela fez ? Nada. Digo fez o MOBRAL.Lembro de quando o MOBRAL foi lançado em torno da década de 1970, eu tinha certeza que ele ia resolver,  mas que nada. Logo vi que não ia dar em nada como não deu.

                                              


“O Movimento Brasileiro de Alfabetização - o MOBRAL surgiu como um prosseguimento das campanhas de alfabetização de adultos iniciadas com Lourenço Filho. Só que com um cunho ideológico totalmente diferenciado do que vinha sendo feito até então. Apesar dos textos oficiais negarem, sabemos que a primordial preocupação do MOBRAL era tão somente fazer com que os seus alunos aprendessem a ler e a escrever, sem uma preocupação maior com a formação do homem. 


Foi criado pela Lei número 5.379, de 15 de dezembro de 1967, propondo a alfabetização funcional de jovens e adultos, visando "conduzir a pessoa humana (sic) a adquirir técnicas de leitura, escrita e cálculo como meio de integrá-la a sua comunidade, permitindo melhores condições de vida" Apesar da ênfase na pessoa, ressaltando-a, numa redundância, como humana (como se a pessoa pudesse não ser humana!), vemos que o objetivo do MOBRAL relaciona a ascensão escolar a uma condição melhor de vida, deixando à margem a análise das contradições sociais inerentes ao sistema capitalista. Ou seja, basta aprender a ler, escrever e contar e estará apto a melhorar de vida.”

                                       

De 1986 a 1989, o Brasil passa pelo período da Nova República, que elaborou o I Plano Nacional de Desenvolvimento da Nova República, utilizando o Plano Educação para Todos (que o Governo Tancredo queria para a educação nacional), como uma formulação de políticas, planejamento e gestão tecnocrática. Em 1993, o MEC elaborou – Plano Decenal de Educação para Todos – que pretendia distinguir-se dos planos anteriores, visto que não se referia à educação como um todo, mas apenas à educação fundamental, procurando encontrar os caminhos para diagnosticar o ensino fundamental e procurar também soluções para enfrentar esses obstáculos, formulando estratégias para erradicar o analfabetismo, bem como universalizar a educação fundamental, abrangendo, dessa forma, a educação infantil (pré-escolar).Este plano como outros projetos educacionais, praticamente não saiu do papel.

O que se vê em época de campanhas eleitorais? “Crianças indo para a escola com farda bonitinha, mochila, tênis, merenda escolar, livros , cadernos etc. Se isto funcionasse não fosse apenas uma fachada não se tinha tantos analfabetos, tantos infratores, tantas crianças e adolescentes nas ruas. Local deles é na escola. Nada se faz sem educação a base do nosso país é frágil. Não se faz um país sem educação.  Fora da educação não há salvação.

                                     

Uso agora as palavras de Alexandre Garcia:  não se faz um país sem educação. E escola não é comércio. Escola é instituição.  Fora da educação não há salvação. É o que falta para fazer o país se desenvolver como os que venceram os desafios da destruição: gente preparada, gente realmente profissional. Falta para o país do improviso, do amadorismo, da falta de exemplos de cumprimento da lei, de estadistas que pensem no futuro, investindo na educação do presente.

É preciso formar professores, de excelência, e atraí-los com remuneração alta. Escola não é brincadeira, não é passatempo, não é depósito de criança porque os pais estão trabalhando. É o lugar mais importante de um país sério. Será que algum dos nossos governantes já pensou nisso ? Ou só pensam no dia da eleição  se aquele pobre brasileiro Sá sabe desenhar o seu nome.

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